Abordagem Teórica

10 janeiro, 2024

Você já ouviu falar da Terapia Familiar Sistêmica? 

            Muitas pessoas quando me procuram, perguntam sobre minha abordagem ou linha teórica, pois algumas vezes recebem recomendações de orientações teóricas especificas. Em geral, essa resposta faz mais sentido para o próprio terapeuta, pois é a visão de mundo dele para entendimento do paciente e orientação metodológica. 

            A psicologia como ciência se constitui sob influência de momentos históricos, sociais e culturais. Sendo assim, a forma de abordar o objeto de estudo da psicologia, depende da concepção de homem e de mundo de cada abordagem. 

            Na Terapia Familiar Sistêmica temos o foco na família, com os membros presentes. Para o atendimento individual, focamos o trabalho nas relações e buscamos entender a função dos sintomas. Olhamos de forma sistêmica para o individuo, buscando o contexto, sua forma de comunicação, crenças, valores, mitos, questões geracionais etc. 

            Entendemos então que o ser humano não é pronto desde o nascimento, ele constrói seu ser aos poucos, apropriando-se do mundo social, cultural e dos sistemas nos quais ele está inserido. O ser humano é ativo na construção e modificação do seu mundo. 

            A terapia tem como objetivos o crescimento orientado para o indivíduo e sua diferenciação em relação aos membros do sistema familiar. Sempre lembrando que quem guia os temas e dita o rumo da terapia é o paciente. 

            Na prática, pode ser que os pacientes nem percebam as diferenças entre as diversas abordagens, o importante é você se sentir bem com o profissional e poder construir um vínculo que te ajude na elaboração de suas questões.




Exemplo de mapa de rede proposto por Sluski (1997, teórico da Terapia Familiar)



OBS: a Terapia Familiar Sistêmica não tem relação com a Constelação Familiar

 

TERAPIA DE CASAL

7 janeiro, 2024


O casamento é uma instituição social, que teve seu significado transformado ao longo dos séculos. Conforme as mudanças econômicas, culturais, sociais e do momento histórico, os valores e ideais que os cônjuges e suas famílias têm a respeito do casamento também se modificam. Fica fácil perceber essa diferença se pensarmos como era o casamento de nossos avós e o que pensamos sobre a união conjugal hoje.

Diferente das outras relações, os cônjuges decidem viver juntos, apoiando-se reciprocamente, "na saúde e na doença", ou nas mais diversas situações. Para isso, cada qual irá se modificar internamente e se reorganizar. Os parceiros se comprometem em uma história comum, em que cada um é afetado pelas ações do outro. As decisões que irão determinar o futuro devem ser tomadas pelos dois (ou mesmo três). 

Mas, nem sempre tudo sai como gostaríamos, às vezes, essas negociações parecem não funcionar tão bem. Para auxiliá-lo, o casal pode buscar uma terapia com psicóloga especializada como prevenção de conflitos mal resolvidos, de preferência antes que a relação caia no desrespeito ou na decisão de uma separação. 

Em pesquisa realizada em 2011 com terapeutas de casais, pude notar algumas das dificuldades mais comuns encontradas entre os casais independente do tempo de união, dentre elas:

- diferenças em lidar com o dinheiro;

- falta de momentos de lazer;

- interferências das famílias de origem (pais e sogros);

- diferenças de expectativas;

- comunicação falha.

Diante disso,  a habilidade de comunicação que envolva aprender à ouvir o que o outro diz e à se expressar de maneira que o outro entenda, ajuda na resolução desses e de outros conflitos que surgem tanto das diferenças individuais, quanto de questões do dia a dia.